O vereador João Fraga, de Ouro Branco, está sendo processado por improbidade administrativa
LARISSA VELOSO
O Ministério Público Estadual abriu ação civil contra o vereador de Ouro Branco (região central de Minas Gerais) João da Fraga Duarte (PP) por improbidade administrativa. O motivo é o uso de recursos da Câmara Municipal para pagar nove viagens em função de cursos de aperfeiçoamento em 2009. Tudo estaria certo com as despesas, não fosse o fato de o vereador, à época presidente da casa, estar em plenário durante alguns dias de viagem.
"As provas contra ele são documentais, não há escapatória. Reunimos comprovação das diárias, os valores recebidos e as certidões da câmara" argumenta o promotor da comarca de Ouro Branco, José Lourdes, responsável pelo processo. As nove viagens têm como destino Aracaju, Maceió, Porto Seguro, Fortaleza, Natal, Salvador, Curitiba e Brasília.
O processo, instaurado no último dia 25, agora corre em primeira instância. Se condenado, o vereador pode ter que devolver todo o dinheiro gasto pela Câmara nas viagens, ser cassado e se tornar inelegível por até 10 anos.
O vereador João da Fraga Duarte se defendeu: "voltei alguns dias antes nas viagens" afirmou. Ele não quis comentar detalhes do processo porque ainda não foi formalmente citado.
Denuncia
As primeiras suspeitas de irregularidades surgiram com uma matéria veiculada pelo jornal local de Ouro Branco, PONTO DE VISTA, com informações sobre datas e gastos com viagens. Alguns leitores alegaram que o vereador João da Fraga estava presente a várias sessões durante as datas das viagens. A denúncia foi encaminhada ao MP.
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