Argumento. Paulo Maluf: "Eu tenho 43 anos de ficha limpa, de trabalho, sem nehuma condenação"
EDUARDO ANIZELLI
Justiça, no entanto, rechaça declaração e diz que ex-prefeito possui condenação
SÃO PAULO. Tido como um dos candidatos que terão problemas com a aprovação da Lei da Ficha Limpa, o deputado federal Paulo Maluf (PP-SP), afirmou ontem não temer que sua candidatura seja barrada pela Justiça Eleitoral.
"A minha ficha é a mais limpa do Brasil. De trabalho, de realização e 43 anos sem nenhuma condenação", disse ele após a convenção estadual do PP paulista, que oficializou a candidatura do deputado federal Celso Russomano ao governo do Estado.
Apesar de ter uma condenação por decisão colegiada, na segunda instância da Justiça estadual de São Paulo, Maluf afirmou que não está enquadrado nas inelegibilidades da nova lei. "É bom que se diga: sou elegível, sou candidato a deputado federal e não tenho nenhuma condenação. Tenho 43 anos de ficha limpa de trabalho", disse.
Condenação. Em abril, o Tribunal de Justiça de São Paulo condenou Maluf, por 2 votos a 1, a devolver aos cofres públicos cerca de R$ 21 mil gastos em compra superfaturada, feita pela prefeitura de São Paulo à época em que ele era prefeito, de mais de uma tonelada de frango.
Os advogados de Maluf fizeram um embargo à declaração do tribunal, o que, na prática, significa pedir esclarecimentos por alguma dúvida, omissão ou contradição na decisão. O embargo impede o trânsito em julgado da sentença, mas não anula a decisão colegiada.
Questionado sobre o fato, o deputado afirmou que tudo era uma "mentira". "Não é verdade. Fui inocentado em primeira instância e o caso está agravado, portanto não tenho condenação. É mentira que eu tenho uma condenação", rebateu Paulo Maluf. A Justiça paulista, no entanto, rechaça a declaração do parlamentar e reafirma a condenação.
(Com informações do Jornal O TEMPO)
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