Um presente para o futuro


Mais de 2 milhões de pessoas assinaram o manifesto do Ficha Limpa.Obrigaram os deputados, ainda que de madrugada, a votarem a Lei que torna inelegíveis por 8 anos, não podendo se candidatar, todos os cidadãos já condenados em segunda instância (por exemplo, condenados por um colegiado de juízes e desembargadores dos tribunas regionais sediados nas capitais brasileiras, como o TJMG ou TRE mineiros, de Belo Horizonte.


Essa Lei seria um avanço. Mas o povo precisa fiscalizar, porque senão vira apenas mais uma lei que não se cumpre. Como a da CPMF. Se no passado a Lei tivesse sido aplicada da forma que está no papel, teríamos hoje uma Saúde digna de primeiro mundo, com hospitais bem equipados, tamanha a quantidade de dinheiro que gerou para os cofres do Estado o imposto do cheque  criado para socorrer hospitais e postos de Saúde Brasil afora, 

Por essas e outras reflexões que surgiu o movimento Rouba Mas Faz, Nunca Mais.

Porque é preciso combater essa percepção que a sociedade tem de aceitar a corrupção como algo natural, desde que o político trabalhe. Ora, você não seria tão complacente se a sua empregada doméstica estivesse roubando o dinheiro da sua carteira. Seria?

Por melhor que fosse o trabalho da serviçal, 8 em cada 10 leitores, provavelmente mandariam embora a pobre da 'larápia'.

Olho da rua para quem rouba. É legítimo isso, está no senso de moral social e até nos códigos de Lei. Assim caminha a humanidade .

Na cultura ideal de civilidade, a que estamos oficialmente imersos desde que nascemos,  roubar é um ato bárbaro, feroz, animalesco, que remonta ao lado primitivo do ser humano.


Por isso, não faz sentido, não é possível que tratemos como bandida a empregada doméstica que nos rouba. E não dispensar mesmo tratamento para o prefeito, o vereador, o deputado, o governador ou mesmo o presidente da república, que roubam.

São pessoas que corrompem os cofres públicos, roem como ratos o suor de nosso trabalho recolhido na forma de impostos pelo Leão do Fisco.

Não é possível achar que a empregada é ladra e o político corrupto é apenas esperto, alguém do tipo "rouba mas faz", carismático. Enfim, alguém que por causa da esperteza merecia e merece se dar bem na vida.

Afinal, o dinheiro roubado por sua empregada faz falta. Mas o roubado, o que é desviado pelos políticos a quem foram confiados  o seu (o meu) voto,  acaba faltando na educação, na saúde, nas rodovias esburacadas, que matam mais que as guerras...

Enfim, está nas nossas mãos fazer a diferença.Porque somos ou não todos iguais perante a Lei, o Estado e o senso de moralidade?  Errou, tem que pagar. Ficha limpa JÁ.

Por isso, espalhe essa ideia. Rouba Mas Faz, Nunca mais.

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Maira Gall